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Pesca Profissional Artesanal: um tipo de pesca caracterizada principalmente pela mão de obra familiar, com embarcações de pequeno porte, como canoas ou jangadas, ou ainda sem embarcações, como na captura de moluscos perto da costa. Sua área de atuação está nas proximidades da costa, nos rios, reservatórios, lagos/lagoas, estuários e açudes. Lei Federal 11.959 de 29/06/2009.

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Satélites revelam como o concreto e a cana redesenharam a identidade de São Carlos e Arara
Se fosse possível voltar no tempo e sobrevoar a região central de São Paulo em 1985, a paleta de cores seria muito diferente. Havia mais tons de verde-escuro das matas nativas, mais texturas de pastagens e cidades mais tímidas, recolhidas em seus limites geográficos.
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Quatro décadas depois, quem olha de cima vê uma nova geografia. Uma “biografia do solo” escrita pela ação humana.
Dados extraídos da plataforma MapBiomas pelo g1 revelam a magnitude dessa metamorfose. Comparando imagens de satélite de 1985 e 2024, é possível ver como a pressão do progresso redesenhou São Carlos (SP), Araraquara (SP) e Rio Claro (SP).
Somadas, as manchas urbanas dessas cidades não apenas cresceram: elas devoraram o espaço ao redor. A área de concreto e asfalto saltou de 12,3 mil hectares para 24,3 mil hectares — um crescimento de praticamente 100%. Onde antes a terra respirava, hoje a cidade pulsa. Isso acaba refletindo no aumento da temperatura das cidades e causando alguns problemas como as enchentes.
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São Carlos: a cidade que aqueceu
O MapBiomas é uma iniciativa do Observatório do Clima que monitora o uso do solo no Brasil. O sistema analisa, pixel a pixel, imagens históricas dos satélites Landsat, permitindo visualizar o que era pasto, floresta ou cidade ao longo das décadas.
Em São Carlos, a mudança é sentida na pele. A “Capital da Tecnologia” expandiu seus domínios de forma voraz sobre o relevo.
Os satélites mostram que a mancha urbana — o reflexo cinza nas imagens — mais que dobrou em 39 anos.
Em 1985, a cidade ocupava 3.792 hectares.
Em 2024, o concreto já cobre 8.038 hectares (aumento de 112%).
Não é apenas uma questão estética. A substituição da vegetação e do solo permeável por asfalto e telhados criou uma armadilha térmica.
Para o professor Davi Gasparini Fernandes Cunha, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), o dado do satélite explica o aumento da sensação térmica.
“Como dizem por aí, ‘é um sol para cada um’. As áreas urbanas, quando não devidamente planejadas, transformam-se em bolhas que retêm calor. Quando a cobertura vegetal é substituída por concreto, ocorre uma diminuição do albedo da superfície: ela passa a refletir pouco e absorver muita energia”, explica o especialista.
Segundo Cunha, com menos árvores, a cidade perde a evapotranspiração — o “suor” das plantas que resfria o ambiente.
“Com todas essas alterações, a atmosfera urbana fica mais seca, mais quente e com maior armazenamento de calor entre os edifícios. A sensação de que está cada vez mais quente não vem à toa”, completa.
São Carlos (SP) na comparação entre 1985 (à esquerda) e 2024 (à direita)
Reprodução/ MapBiomas
No mapa acima, as cores representam: 🔴 área urbana, sem floresta, 🌸 agricultura, 🟤 agropecuária, 🟢 floresta e 🟡 formação campestre/pastagem.
O preço do crescimento: O avanço sobre áreas de amortecimento térmico potencializa as chamadas “Ilhas de Calor”. Estudos climáticos da USP já alertaram que o centro da cidade pode ser até 9° C mais quente que a zona rural vizinha.
O mapa de 2024 mostra que essa “bolha quente” se expandiu, acompanhando novos bairros que surgiram onde antes havia brisa e pastagem.
O reflexo na água: A ligação com as enchentes
Imagens mostram enchentes registradas desde 2020 em São Carlos (SP)
Arquivo/Redes Sociais
O levantamento do MapBiomas aponta que mais de 4 mil novos hectares de São Carlos foram impermeabilizados nas últimas décadas. Esse “tapete” de concreto tem relação direta com um trauma antigo da cidade: as enchentes na região do Mercado Municipal.
“Quando o solo natural é impermeabilizado, ele perde grande parte de sua capacidade de absorver água: o que antes infiltrava, agora corre pela superfície”, diz Cunha.
O professor alerta que o sistema de drenagem não acompanhou a velocidade desse crescimento mostrado pelos satélites.
“A lógica tradicional de sistemas de drenagem ainda é ‘coloque a água de chuva em um tubo e a descarregue no rio mais próximo’. Essa lógica se mostra obsoleta. Redes de drenagem antigas não conseguem dar vazão aos picos de escoamento gerados por milhares de novos hectares impermeabilizados”.
Araraquara: pouco verde nativo em um mar de cana
Se em São Carlos o destaque é o cinza, em Araraquara a disputa é pela sobrevivência do verde nativo. O município, dono da maior extensão territorial entre os três, viu suas reservas florestais encolherem silenciosamente.
Os números mostram um recuo da natureza selvagem:
A categoria “Floresta” caiu de 22,1 mil hectares (1985) para 17,7 mil hectares (2024).
É uma perda de 4.355 hectares. Para se ter uma ideia, é como se uma área equivalente a mais de 4 mil campos de futebol de mata nativa tivesse sido apagada do mapa.
Araraquara (SP) apresenta o domínio da agricultura (pontos em rosa) entre 1985 e 2024
Reprodução/ MapBiomas
Hoje, 81,5% de todo o chão de Araraquara é dedicado à agroindústria. O que restou de Cerrado e Mata Atlântica resiste fragmentado, como pequenas “manchas” verdes cercadas por um oceano de canaviais, dificultando a vida da fauna que precisa cruzar essas grandes plantações para sobreviver.
Rio Claro: a fronteira híbrida
Rio Claro ilustra o equilíbrio tenso entre morar e plantar. A cidade seguiu o ritmo frenético de urbanização da vizinha São Carlos: sua área construída saltou 88%, passando de 3,9 mil para 7,4 mil hectares.
Evolução de Rio Claro (SP) de 1985 a 2024
Reprodução/ MapBiomas
Ali, a floresta resiste, mas não avança. Com uma leve oscilação para baixo nas últimas décadas (de 12,1 mil para 11,7 mil hectares de mata), o município vê sua zona rural perder espaço lentamente para novos loteamentos, transformando antigas fazendas em ruas e avenidas.
Nem tudo está perdido: As “Cidades-Esponja”
Apesar do cenário de expansão do concreto e perda de vegetação, o futuro das cidades da região não precisa ser inevitavelmente mais quente.
Além do calor, a perda do verde afeta a saúde — “a umidade relativa cai, agravando alergias, e perdemos os filtros naturais de poluição”, lembra o professor da USP. Mas ele aponta que existem soluções de engenharia moderna para reverter parte desse quadro sem frear o desenvolvimento.
“Há hoje soluções capazes de mitigar esses impactos. As chamadas cidades-esponja, que combinam jardins de chuva, pavimentos permeáveis e telhados verdes, permitem que a água infiltre onde cai. O desafio é muito menos técnico e muito mais político”, conclui Cunha.
REVEJA VÍDEOS DA EPTV:
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O Viva Maria se integra à programação da Semana Chico Mendes, que começa nesta segunda-feira (15/12) e segue até 22 de dezembro. Sob o tema “O Desaguar da COP30”, a semana marca o retorno das grandes discussões globais ao território de quem defende a floresta e a vida.

A agenda em Xapuri, no Acre, terra de Chico Mendes, começa com a Feira de Economia Solidária, às 16h desta segunda-feira, em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. A partir das 18h, o palco da prefeitura recebe a cerimônia do Prêmio Chico Mendes de Resistência, seguida de apresentações culturais de Dona Zenaide, Baquemirim e grupos de forró locais.

E como acontece desde 1988, ano em que o Brasil perdeu seu herói da floresta, nesta terça-feira (16/12) acontece, a partir das 19h, o momento mais simbólico dessa semana: a caminhada solene, que este ano sai da Casa de Chico Mendes rumo ao seu túmulo. Um gesto de respeito, continuidade e compromisso.

Nesta edição do Viva Maria, Mara Régia relembra a emoção que viveu em 2018, em Xapuri, quando participou da romaria ao túmulo do serigueiro. Ela também lembra do dia em que recebeu o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente. 
 

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