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Pesca Profissional Artesanal: um tipo de pesca caracterizada principalmente pela mão de obra familiar, com embarcações de pequeno porte, como canoas ou jangadas, ou ainda sem embarcações, como na captura de moluscos perto da costa. Sua área de atuação está nas proximidades da costa, nos rios, reservatórios, lagos/lagoas, estuários e açudes. Lei Federal 11.959 de 29/06/2009.

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Dedicada a projetos de energia, filial brasileira da multi espanhola consolida crescimento de 50% na arrecadação em cinco anos “Queremos
De uma distribuidora de materiais e insumos hospitalares, a empresa evoluiu e tornou-se um conglomerado de serviços logísticos Byrro, CEO:
Ativação de 70 unidades adquiridas pela rede de 221 lojas no ano passado sustenta meta de alcançar faturamento de R$
Com foco em produtividade, investimento em inovação e valorização do capital humano, a empresa conseguiu superar o castigo do clima
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“Você vai apertar um botão e o usuário vai conseguir ver tudo que tem, de maneira consolidada, inclusive o seu
Disposta a ser muito mais do que uma fabricante de bebidas, companhia aposta em inovação, transformação tecnológica e resultados consistentes
A empresa paulista, terceira do mundo no setor, quer universalizar o serviço de água e esgoto até 2033, como prevê

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Dedicada a projetos de energia, filial brasileira da multi espanhola consolida crescimento de 50% na arrecadação em cinco anos “Queremos crescer com a diversificação de nossas atividades”, afirma o CEO Pablo Uribarri
Divulgação
Presente no país há 43 anos, a Elecnor do Brasil é uma das líderes do mercado em grandes projetos de engenharia de energia. Em boa saúde financeira, a companhia alcançou uma receita líquida de R$ 987,2 milhões em 2021, o que representa um crescimento de 49,4% nos últimos cinco anos – o maior índice neste quesito registrado no setor. A empresa destacou-se ainda pela margem Ebitda de 17,8% (terceira maior deste ramo de atividade) e pelo lucro líquido sobre o patrimônio líquido de 57,7%. A infraestrutura implantada em linhas de transmissão contribuiu para a geração de caixa.
Com estes resultados, a Elecnor do Brasil despontou na classificação final das empresas de construção e engenharia e conquistou a primeira posição entre as dez grandes no setor, ficando 14 pontos à frente da segunda colocada. O ranking das mil maiores leva em consideração a receita líquida, a margem Ebitda, a rentabilidade e a evolução da receita líquida, entre outros indicadores. No quesito evolução da receita líquida, conforme variações nos últimos cinco anos, a Elecnor também alcançou a primeira posição. Livre de endividamentos onerosos, manteve-se como uma companhia sólida, que proporcionou lucros, com índice de rentabilidade igualmente elevado.
Leia tudo sobre as campeãs setoriais e o ranking das 1000 maiores empresas do Brasil
A companhia, de origem espanhola e presente em mais de 50 países, desenvolve infraestruturas nas áreas de geração, transmissão e óleo e gás, o que inclui linhas de alta tensão, subestações, gasodutos, estações de compressão e medição de gás, oleodutos, complexos eólicos, parques solares, plantas termelétricas a gás e projetos de hidrogênio verde. Desde que chegou no país, detém o protagonismo nos chamados serviços EPC (do inglês engineering, procurement and construction), modalidade em que a empreiteira implanta o projeto como um todo, do desenho à montagem, por prazo determinado.
Uma das suas maiores obras em andamento envolve a construção e ampliação de três subestações e duas linhas de transmissão interligando os municípios de Parintins, no Amazonas, e Oriximiná e Juruti, no Pará, na fronteira entre os dois estados. O projeto, de cinco anos de duração e do tipo full EPC, prevê a implantação de 525 torres de energia – entre elas, uma torre de tensão de 253 metros, a mais alta no portfólio do grupo, às margens do rio Amazonas. O projeto da PATE (Parintins Amazonas Transmissora de Energia), como é conhecido, foi concebido pelo governo federal para aumentar a segurança energética na região, suprindo localidades carentes de abastecimento elétrico. Trata-se de um dos maiores desafios de engenharia da companhia, devido às dificuldades operacionais com obras dessa dimensão em plena floresta amazônica.
Outro projeto importante prevê a geração de 300 MW de energia eólica, em Tucano, no semiárido da Bahia. A Elecnor responde pelas obras civil e elétrica, fundação das turbinas, instalação de rede de média tensão, linha de transmissão e subestações, além dos sistemas auxiliares ao funcionamento da planta e suporte técnico. As turbinas instaladas estão entre as mais potentes do país.
Consagrada entre as três maiores empresas brasileiras do ramo da construção, a Elecnor anuncia que possui expectativas de aumentar os negócios no curto prazo, mas de forma equilibrada, tanto técnica quanto financeiramente, e em sintonia com os planos de ampliação racional da carteira. “A diversificação de atividades, mercados e clientes está no planejamento da companhia. A expansão que pretendemos segue uma velocidade adequada ao crescimento da nossa estrutura e cultura, de modo a ser feita de modo sustentável, sem comprometer a estrutura de todo o negócio”, conta Pablo Uribarri, CEO da filial brasileira do grupo. O executivo revela que está confiante na retomada da economia no país. “Acompanhamos a retomada neste ano e esperamos um crescimento importante no volume de investimentos em infraestrutura em 2023 e nos anos seguintes”, acrescenta.
O Brasil – onde cerca de 2,2 mil colaboradores estão distribuídos entre os vários canteiros de obras e o escritório da matriz, no Rio de Janeiro – é o segundo maior mercado da empresa depois a Espanha. No âmbito global, o desempenho no primeiro semestre do ano também foi considerado bom pelo mercado. O resultado líquido, de 43 milhões de euros, refletiu lucro 16,5% maior que aquele registrado no mesmo período de 2021. Operações com parques eólicos no país natal – via seu braço de renováveis, Enerfin – contribuíram para o dinamismo dos negócios em conjunto com contratos de peso nos ramos de telecomunicações e água. O maior projeto eólico monofásico (tensão máxima de 127 V) da Espanha, em Cuenca, cuja potência instalada será superior a 300 MW, é destaque da carteira global no momento.
Além de instalar linhas de transmissão, a Elecnor constrói parques solares e eólicos
Divulgação
Na América Latina, além das várias obras de geração e transmissão no Brasil, a empresa desenvolve a implantação de linhas de transmissão no Chile, o que vem contribuindo para as margens ótimas. Hoje, a maior parte da carteira de contratos – acima de 70% – envolve o mercado internacional. Construção de ferrovias, satélites e manutenção dos complexos energéticos também estão no rol de infraestruturas do grupo.
Signatária do pacto global da Organização das Nações Unidades (ONU) desde 2017, a Elecnor do Brasil mantém iniciativas nas regiões de atuação visando ao desenvolvimento local e em consonância com outros compromissos assumidos na esfera ESG, que resume os compromissos empresariais nas áreas ambiental, social e de governança. Embora atue em um setor onde a presença feminina é tradicionalmente pequena – menor do que 1%, pelos trabalhos braçais envolvidos, segundo dados de 2020 –, o grupo Elecnor afirma que 12,4% dos postos de trabalho no conjunto de suas unidades são ocupados por mulheres – mais de 60% delas atuam na área técnica, em cargos de gerência ou superiores.
Uma iniciativa importante da companhia na área social está acontecendo na comunidade quilombola Muratubinha, em Óbidos, no Pará. Ali, o inovador projeto H2OME, capitaneado pela Fundação Elecnor, desenvolve várias ações para fortalecer a infraestrutura comunitária, como a instalação de biblioteca, ambulatório médico, sistema de tratamento de água e conjunto de placas solares para a geração de energia limpa. Dezenas de famílias estão sendo beneficiadas.
Outra ação de impacto focaliza a educação e a inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho. É o Elevar (Programa Elecnor de Validação, Aprendizagem e Reciclagem), que oferece qualificação técnica para moradores das comunidades do entorno das operações da empresa, em parceria com as prefeituras municipais e entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Recentemente, no Pará, o programa formou 181 jovens em mecânica de refrigeração e climatização, pintura industrial, eletricidade predial, pré-montagem de estruturas metálicas e mecânica de máquinas pesadas. Dezenas de jovens de Tucano, na Bahia, também foram capacitados por este programa como técnicos eletricistas de ligação e corte e soldadores. A qualificação profissional oferecida é gratuita.


De uma distribuidora de materiais e insumos hospitalares, a empresa evoluiu e tornou-se um conglomerado de serviços logísticos Byrro, CEO: mais perto dos pacientes
Foto: Leonardo Rodrigues
Transformar-se de uma distribuidora de produtos de saúde em um ecossistema integrado, assumindo não só os serviços logísticos e de manipulação de seus clientes como também programas de suporte a pacientes, levou a Viveo — um ano depois de sua chegada à B3, em agosto do ano passado — a comemorar a marca de 17 aquisições em doze meses e receita líquida de R$ 3,8 bilhões no primeiro semestre de 2022. Com este desempenho, a empresa conquistou o primeiro lugar no ranking do setor de Comércio Atacadista e Exterior do anuário Valor 1000.
Leia tudo sobre as campeãs setoriais e o ranking das 1000 maiores empresas do Brasil
A estratégia adotada há cerca de cinco anos está rendendo frutos. A companhia nasceu a partir da distribuidora de materiais e insumos hospitalares Mafra, que em 2016 atraiu a DNA Capital, criada pela família Godoy Bueno, cofundadora da Amil e proprietária da Dasa. A ideia era construir um conglomerado com serviços complementares para acompanhar o movimento de consolidação do setor de saúde e, com isso, ganhar valor, cobrindo ineficiências ao longo da cadeia do segmento. O plano comprovou-se na prática, com a resposta de clientes, investidores e números.
A estrutura da Viveo é apoiada em três pilares. Um deles decorre dos negócios originais de distribuição, que avançou para serviços logísticos completos, o que inclui sistema de gestão de estoque do cliente para melhoria de planejamento e eficiência, hoje empregado por mais de cem grupos no país.
Outro pilar tem o foco direcionado aos clientes da indústria farmacêutica, para os quais atende programas de suporte a pacientes em tratamento contínuo. Neste caso, o pacote conta com suporte ativo ou reativo, com infraestrutura de centrais de atendimento e até entrega de medicamentos em casa. A terceira ponta do tripé está apoiada em serviços de manipulação para entregar a hospitais produtos prontos para consumo, como bolsas de medicamentos combinados. “Antes chegávamos até a ponta do hospital e deixávamos o produto ali. Agora chegamos mais perto do paciente”, compara Leonardy Byrro, CEO da Viveo.
A mudança no perfil do mercado foi o ponto de partida para o novo desenho. Até então fragmentado, regional e familiar, o mercado de saúde assumiu novo patamar com a autorização de entrada de capital estrangeiro e concentração em grandes grupos, com novas exigências e necessidades. A expansão dos negócios da Mafra seguiu o mesmo perfil, com o surgimento da marca Viveo como holding para agregar diferentes marcas. Neste ano, a consolidação avançou, ao agregar sete marcas de medicina diagnóstica em uma só — a Prevena.
Na chegada à B3, a companhia levantou R$ 1,9 bilhão. A receita líquida avançou 30,4% no primeiro semestre de 2022, sobre mesmo período do ano passado, com crescimento orgânico de 14,1%. Em julho, a Viveo emitiu também R$ 1 bilhão em debêntures simples, para movimentos como reforço de caixa e alongamento do perfil da dívida. “A pressão financeira aumentou com a combinação de inflação e juros em alta”, diz Byrro.
Apesar do cenário econômico exigir mais cautela e da necessidade de focar a integração dos negócios adquiridos, a carteira continua aberta, diz Byrro – principalmente para agregar produtos e serviços de maior valor agregado ainda não oferecidos e novas tecnologias. Nos últimos dois anos, a empresa apostou em reforço de sua própria estrutura, com abertura de centro de distribuição, novas fábricas, ampliação de frota própria e tecnologia.
Hoje a Viveo fabrica mais de 15% dos produtos que vende e está entre as maiores empresas nacionais de produtos de saúde, com base em marcas como a Cremer. “Para ampliar o portfólio foi preciso modernizar as plantas fabris e construir novas linhas”, explica o CEO. A frota logística da empresa já conta com mais de 200 veículos para cobrir as principais capitais do país — e já vem sendo substituída por veículos elétricos.
Na área de tecnologia, um dos objetivos é contar com infraestrutura e sistemas para sustentar o crescimento acelerado. Mas a grande meta é a criação de novos modelos de negócios e ferramentas para enriquecer a gama de serviços prestados, como a gestão de estoque compartilhada com os clientes, por meio da integração dos sistemas de ambos para gerar informação mais conectada de ponta a ponta.
“A integração dá visibilidade e capacidade de decisão. O maior desafio do setor é a visão fragmentada ao longo da cadeia de valor”, explica Byrro. O domínio de informações colabora para questões como unitarização de medicamentos (converter blister ou ampolas em unidades para dar aos pacientes), que chegam aos leitos não em caixas, mas em pílulas, com ferramentas para automatização do processo.
Na frente voltada a pacientes, o acompanhamento de sua condição por meio dos programas de suporte gera informações para alimentar a indústria farmacêutica e manter tratamentos de portadores de doenças crônicas ou com necessidade de medicamentos recorrentes. Neste caso, a aquisição de duas startups, Far.me e BoxFarma, ajudou a trazer mais tecnologia para estimular a adesão aos tratamentos, facilitando processos como obtenção de novas receitas, recompra e entrega domiciliar por assinatura mensal.
Em um ano, depois de abrir o capital, a empresa fez 17 aquisições e registrou receita líquida de R$ 3,8 bilhões
Julio Bittencourt/Valor
Segundo Byrro, a preparação de uma agenda de longo prazo para assumir papel de agente de transformação do setor de saúde colaborou no movimento de consolidação e no estabelecimento de condições para ganhos de sinergia, eficiência e redução de custos. O desafio, admite, é integrar o portfólio das adquiridas rapidamente sem atrapalhar sua entrega e modelo de negócio, buscando criar cultura única.
“Não podem ser várias empresas em um conglomerado em que não conversam”, observa. Mais do que o tempo dedicado a recebê-las e aculturá-las, os esforços miram a combinação de negócios que antes não se relacionavam por serem isolados. O objetivo é gerar novas soluções, como agregar novos serviços a determinado produto ou juntar materiais e medicamentos.
Na prática, isso se reflete em oportunidades como a identificação de produtos não adquiridos da companhia por meio do sistema de gestão de estoques. “A conexão de sistemas por proposta de serviços alavanca as vendas”, diz Byrro. Outro exemplo é o atendimento a planos de saúde. O segmento sequer fazia parte do rol de clientes um ano atrás. Hoje responde por negócios na casa de R$ 100 milhões anuais graças aos serviços de entrega de medicamentos na casa dos pacientes.
Uma das chaves para o modelo funcionar é o alinhamento da governança e da base acionária em torno do propósito de longo prazo da companhia – simplificar a cadeia de saúde complexa e ineficiente –, sem perder a agilidade, mesmo crescendo muito. A organização quintuplicou em cinco anos, mas, de acordo com Leonardo Byrro, mantém a autonomia dos times e a liderança para definir planos e sustentar capacidade e autonomia de execução. De acordo com ele, as 17 aquisições refletem a agilidade na tomada de decisão. “A questão principal é manter a visão de nosso papel como protagonista na transformação do setor”, diz o CEO da Viveo.
Veja tudo sobre o balanço da Viveo e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360


Ativação de 70 unidades adquiridas pela rede de 221 lojas no ano passado sustenta meta de alcançar faturamento de R$ 100 bilhões em 2024 Anjos: estratégia regional
Divulgação
Depois de alcançar bons resultados em 2020, com crescimento de 28,3% na receita líquida, para R$ 35,9 bilhões, a rede Assaí Atacadista continuou melhorando seus resultados, mesmo com as restrições impostas pela pandemia. No ano passado, a companhia registrou receita líquida de R$ 41,9 bilhões, um incremento de 16,5% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre deste ano, a receita consolidada chegou a R$ 24,7 bilhões, um aumento de R$ 5,3 bilhões em relação ao mesmo período de 2021.
Leia tudo sobre as campeãs setoriais e o ranking das 1000 maiores empresas do Brasil
O desempenho das vendas em 2021 não foi o maior do setor – a rede ficou em terceiro lugar, atrás do Carrefour e do GPA, mas sua classificação nos demais indicadores a tornou campeã no setor de Comércio Varejista no ranking do Valor 1000. Na listagem das mil empresas, está na 25ª posição.
Nascido em 1974, em São Paulo, para abastecer pequenos transformadores de alimentos, o Assaí é hoje uma empresa do grupo francês Casino, listada na B3 e na Bolsa de Nova York e tem 221 lojas, das quais 33 foram abertas nos últimos 12 meses. A meta é chegar a 260 em 2022, com faturamento de R$ 60 bilhões, valor que em 2024 pode se aproximar de R$ 100 bilhões.
“A principal alavanca que traduz o sucesso do Assaí é a eficiência operacional que conseguimos proporcionar. A gente consegue adequar o sortimento à necessidade da região, seja por questões socioeconômicas, seja por aspectos culturais. Uma loja em Curitiba (PR), por exemplo, e outra em Rio Branco (AC), têm demandas distintas entre si”, afirma Wlamir dos Anjos, vice-presidente comercial e de logística da empresa. Segundo ele, as diferenças entre as unidades da rede existem até em termos de tamanho e de estacionamento.
Outro exemplo de conhecimento regional que leva à assertividade, segundo o executivo, é sua presença em Minas Gerais. “Começamos com uma loja em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A segunda foi em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Naturalmente, os hábitos, os fornecedores e os costumes do Triângulo Mineiro são muito diferentes da Grande BH”, diz Anjos.
A sustentação da estratégia da regionalidade se dá por meio de 12 escritórios, que são como minissedes da rede e estão espalhados pelo Brasil e dos 13 centros de distribuição. Aliás, no que se refere à distribuição pelo território nacional, o Assaí está presente no Distrito Federal e em 23 Estados. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo são os únicos que ainda não têm unidades da rede.
A ideia era que a abertura de lojas por lá ocorresse neste ano, mas a estratégia em 2022, por ora, está direcionada à ativação dos 70 pontos comerciais adquiridos do Extra Hiper, explica o executivo. Os primeiros do tipo foram inaugurados em julho: Ceilândia (DF) e Campina Grande (PB), que, juntos, adicionaram 11 mil metros quadrados na área de vendas. O total já ultrapassa um milhão de metros quadrados.
No fim de 2020, o Assaí passou por um processo de cisão do Grupo Pão de Açúcar (GPA), encerrado no primeiro trimestre de 2021 – foi com a compra de uma participação de 60% da companhia, pelo GPA, em 2007, que o Assai entrou para o segmento de autosserviço. Quatro anos depois, se tornou subsidiária integral do GPA até o ano passado, quando cada companhia passou a operar de forma independente, com reporte direto ao grupo Casino.
A ativação das unidades do Extra Hiper vem na esteira deste movimento. “Entendemos que fazia todo sentido adquiri-las porque, estrategicamente, estão muito bem localizadas. Nas grandes cidades, a maioria das lojas está protegida pelo mercado imobiliário. Dependendo do município, você leva de dois a cinco anos para aprovar um ponto comercial”, argumenta Anjos.
Capacidade de adequar sortimento das lojas às características regionais assegura eficiência operacional
Julio Bittencourt/Valor
A eficiência da localização, de acordo com o executivo, está no fato de que essas unidades do Extra Hiper estão em regiões mais distantes dos estabelecimentos do formato cash & carry, segmento do qual o Assaí faz parte – e que é popularmente conhecido como “atacarejo”. “Com a ativação desses hipermercados, conseguimos evitar que os clientes de regiões onde não estávamos presentes precisem se deslocar a outros bairros para encontrar um modelo cash & carry”, explica.
Dos 70 pontos adquiridos, 40 serão convertidos ainda neste ano e os demais ficarão para 2023. Neste segundo semestre, a prioridade está na região Sudeste, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com essa perspectiva de expansão, o Assaí prevê gerar mais de 12 mil postos de trabalho – atualmente a rede emprega cerca de 60 mil colaboradores.
Em meio a processos seletivos de grande número de pessoas –mque ocorrem por meio de entrevistas presenciais e remotas com RH próprio, espalhado pelo país e em parcerias com diversas instituições –, há uma premissa da qual a administração da empresa não abre mão: a transmissão da cultura da empresa. “Habilidades e conhecimento técnico, se a pessoa não tem, a gente consegue transmitir, independentemente do cargo. Mas, mais do que isso, queremos disseminar nossa cultura, desde a alta liderança até o piso de loja”, afirma Anjos.
A noção dos valores da companhia é repassada aos funcionários principalmente por meio do desenvolvimento que acontece na Universidade Assaí, uma escola corporativa que oferece cursos de capacitação, sobretudo para cargos de liderança. Ainda em relação ao quadro de colaboradores, a inclusão social “faz parte do DNA” do Assaí, de acordo com Anjos. Ele destaca alguns exemplos: do total de funcionários, 3.200 são pessoas com deficiência e, também em meio ao quadro geral, 66% dos colaboradores se declaram pretos ou pardos (dos quais 45% estão em cargos de liderança).
Ainda na linha das boas práticas, o Assaí doou mais de 1.300 toneladas de alimentos no ano passado, entre frutas, legumes e verduras (FLV).
A empresa é signatária do “Pacto pelos 15% com fome”, uma iniciativa da Ação da Cidadania que reúne entidades da sociedade civil e organizações de diversos segmentos na luta contra a insegurança alimentar. Para cumprir outros compromissos com a agenda ESG, a empresa anunciou no ano passado a migração do abastecimento energético de suas lojas para o mercado livre de energia. Atualmente, mais de 90% dos estabelecimentos da rede utilizam matrizes energéticas 100% renováveis provenientes das fontes eólica, solar, biomassa e de pequenas hidrelétricas.
Do ponto de vista da digitalização, a companhia anunciou, em fevereiro, uma parceria com o Rappi. Por meio de um projeto-piloto, que começou em sete lojas de São Paulo, os clientes podem fazer as compras via aplicativo de entregas e receber os itens no endereço cadastrado na plataforma. O fortalecimento do e-commerce começou em setembro do ano passado, quando o Assaí fez parceria com a Cornershop by Uber. Com a iniciativa, consumidores situados em mais de 25 cidades (tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Cuiabá e Curitiba) podem fazer compras pelo app Cornershop ou por meio da funcionalidade Mercado, disponível no Uber e Uber Eats, sem limite mínimo para a transação. O objetivo é que as soluções on-line proporcionem ao Assaí um olhar mais preciso sobre seu público e as necessidades dos consumidores diante do portfólio do atacadista.
Veja tudo sobre o balanço do Assaí e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360


Com foco em produtividade, investimento em inovação e valorização do capital humano, a empresa conseguiu superar o castigo do clima Venturelli, CEO: grande conquista
Claudio Belli/Valor
A safra 2021/2022 dos canaviais brasileiros foi marcada por um dos piores períodos de estiagem prolongada no Brasil, com uma seca inclemente e duas fortes geadas consecutivas. As perdas, porém, não atingiram os produtores do centro-sul do país da mesma maneira. Apesar de todos os efeitos climáticos adversos, a São Martinho, um dos maiores grupos sucroenergéticos do país, registrou um “resultado histórico”, na avaliação de Fábio Venturelli, CEO da companhia, cujo resultado a credenciou como campeã do setor Bioenergia do anuário Valor 1000.
Leia tudo sobre as campeãs setoriais e o ranking das 1000 maiores empresas do Brasil
A receita líquida obtida pela empresa com a safra 2021/2022 foi de R$ 5,7 bilhões, o que gerou um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, valor que equivale a um crescimento de 60% em relação à safra 2020/2021 e uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês) de R$ 3,14 bilhões, quase 55% acima do período anterior. “Foi uma grande conquista, um ano excepcional”, comemora Venturelli.
Até para os acionistas do grupo, os resultados foram além do esperado, revela o CEO, mas plenamente adequados às ações estratégicas adotadas. “Conseguimos manter o foco em tirar a melhor produtividade possível dos nossos canaviais, protegendo as nossas mudas nos momentos das geadas, valorizando o elemento humano da nossa companhia, investindo e implementando as inovações em todos os nossos processos e produtos, obtendo marcas expressivas nesse ambiente sustentável, do biocombustível, da energia elétrica, da energia de movimento. Isso nos proporcionou um desempenho acima do que registramos na safra passada”, afirma Venturelli.
Com quatro usinas – São Martinho, Santa Cruz e Iracema, no Estado de São Paulo, e Boa Vista, em Goiás –, o grupo São Martinho é um dos maiores do mercado brasileiro de sucroenergético, com uma produção de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, 1,6 milhão de toneladas de açúcar e 1,4 bilhão de litros de etanol. É um grupo com valor de mercado de R$ 14,2 bilhões. No total, são 350 mil hectares de terras sob gestão do grupo, entre áreas próprias (70%) e de fornecedores agrícolas (30%), para a produção de cana-de-açúcar. A colheita hoje é 100% mecanizada.
As inovações tecnológicas, aliás, são um ponto forte da estratégia da empresa para enfrentar cenários adversos, tanto do ponto de vista climático, quanto dos efeitos econômicos e da pandemia da covid-19 na cadeia produtiva, explica Venturelli. “Uma visão muito forte de inovação e adoção de tecnologias de agricultura de ultraprecisão nos permitiu, nesses momentos de crise, reduzir nossos custos de produção, especialmente as despesas com defensivos muito caros”, conta. A São Martinho investe atualmente cerca de R$ 70 milhões na migração das redes de conexão privadas 4G para 5G, o que deve aumentar a cobertura dos 350 mil hectares de área de plantio sob sua gestão. “Com essa tecnologia, em vez de aplicações de defensivos realizadas por aviões agrícolas, podemos, por exemplo, utilizar drones para aplicação de produtos químicos em áreas determinadas, com extrema precisão”, diz o executivo.
Ainda com foco em tecnologia aplicada nos canaviais, a São Martinho acertou uma parceria com o Itaú BBA e a Corteva Agriscience, uma das maiores incubadoras de empresas da América do Sul, para criação do Cubo Agro, um centro de inovação voltado ao desenvolvimento de projetos com uso da tecnologia 5G para maior conectividade no ambiente agroindustrial. “Isso nos dá acesso a inúmeras startups que trabalham no agronegócio, em todo mundo, trazendo novidades e tecnologias transformadoras, tanto na parte agrícola como na parte industrial”, diz Venturelli.
O apoio do quadro de colaboradores, formado atualmente por 12,5 mil pessoas, também é muito importante nessa escalada de crescimento, segundo Venturelli. “Os investimentos que fizemos no desenvolvimento do nosso capital humano foi fundamental para o nosso sucesso”, diz ele. “Nossos colaboradores engajados em suas rotinas, de maneira resiliente e excepcional, promovem a construção do planejamento para os próximos anos, intensificando a inovação e identificando oportunidades”, acentua.
Venturelli é otimista em relação às próximas safras, mas, por ser a São Martinho um grupo de capital aberto, não pode antecipar números sobre desempenhos futuros, além dos números já divulgados. No primeiro trimestre do ano-safra 2022/2023, por exemplo, o grupo anunciou uma receita líquida de R$ 1,7 bilhão, um aumento de 29,2% em relação ao mesmo período da safra passada. O lucro líquido foi de R$ 221,6 milhões, 16,6% maior que em igual período da temporada 2021/2022.
Os planos do grupo são, obviamente, de expansão do seu portfólio de produtos, bastante diversificado. Em janeiro do ano que vem entra em operação a fábrica de etanol de milho, localizada na Usina Boa Vista, em Quirinópoilis (GO), com investimento de R$ 740 milhões. Terá capacidade de produção anual aproximada de até 210 mil metros cúbicos de etanol (210 milhões de litros de etanol); 150 mil toneladas de Distiller’s Dried Grains with Solubles (DDGS), um subproduto utilizado para alimentação de gado, e 10 mil toneladas de óleo de milho. “Com uma tecnologia que permite converter 500 mil toneladas de milho em 210 milhões de litros de etanol, será a primeira usina com escala de produção integrada a uma planta de álcool de cana-de-açúcar”, destaca Venturelli.
A São Martinho registrou lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, valor 60% superior ao alcançado na safra 2020/2021
Celso Doni/Valor
Para a safra de cana-de-açúcar 2023/2024, que começa em abril do ano que vem, também deve entrar em operação na Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), o projeto de ampliação da unidade termelétrica, que utiliza bagaço de cana-de-açúcar como principal combustível. É uma nova etapa, que contempla instalação de caldeira e gerador e ajustes nas atuais instalações, fruto de um investimento de R$ 300 milhões, informa o CEO da São Martinho.
A nova unidade passará a contar com capacidade para gerar um excedente de energia elétrica a ser comercializado na ordem de 210 MW/h, contratada por 25 anos num leilão de biomassa realizado pelo Ministério de Minas e Energia. “Isso vem a se somar ao nosso parque de produção elétrica, que já é de 1 GWh, ou seja, vamos chegar a 1.2 GWh de energia produzida a partir do bagaço de cana, sem uso de combustíveis fósseis, suficiente para atender a área residencial de uma cidade como Campinas (SP), durante um ano inteiro”, comenta Venturelli. “É algo relevante para compor a massa energética brasileira”, afirma.
Para Gláucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), o cenário brasileiro de bioenergia é bastante promissor para os produtores brasileiros de cana-de-açúcar. “É um cenário positivo para os biocombustíveis, com ampliação do portfólio de produtos, do etanol, do biometano e de uma nova frente que se abre, que é a geração de bioeletricidade”, diz ela. “O Brasil tem biomassa, tem terras, tem clima e tem ciência”, afirma.
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“Você vai apertar um botão e o usuário vai conseguir ver tudo que tem, de maneira consolidada, inclusive o seu fluxo de pagamentos”, disse o presidente do BC O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na noite desta segunda-feira (5) que a autoridade monetária deseja viabilizar a possibilidade de os usuários monetizarem seus próprios dados.
Valor 1000: Confira a participação do presidente do Banco Central

“No próximo ciclo [de apresentações], vamos falar sobre a carteira de dados e como vai interagir com sistema [open banking]”, afirmou Campos Neto, durante a premiação Valor 1000. “Você vai apertar um botão e o usuário vai conseguir ver tudo que tem, de maneira consolidada, inclusive o seu fluxo de pagamentos”, disse.

A intenção do projeto, segundo Campos Neto, é que o usuário consiga acumular os seus próprios dados.
“A carteira de dados vai ser como dinheiro. O Banco Central entende que ela poderá ser monetizada em algum momento e o usuário vai conseguir extrair valor dos seus próprios dados”, disse.

Segundo Campos Neto, o Brasil, em seu programa de open banking, já possui mais compartilhamentos do que o Reino Unido, que adota esse tipo de sistema há muito mais tempo.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da edição de 2022 do Valor 1000
Carol Carquejeiro/Valor


Disposta a ser muito mais do que uma fabricante de bebidas, companhia aposta em inovação, transformação tecnológica e resultados consistentes Lucas Lira: atuação em plataforma
Foto: Silvia Zamboni
A Ambev se destacou com mérito no setor de Alimentos e Bebidas. Foi a campeã do grupo, de acordo com a soma da pontuação alcançada nos seis critérios analisados pelo Valor 1000. O desempenho foi alicerçado principalmente na margem de 30,7% de Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização), quesito em que despontou em primeiro lugar entre as concorrentes do setor.
Leia tudo sobre as campeãs setoriais e o ranking das 1000 maiores empresas do Brasil
Em alavancagem financeira (dívida financeira líquida sobre Ebitda), ficou em quarto lugar, com -0,69 ponto, e na cobertura de juros (Ebitda sobre despesas financeiras) somou 4,12 pontos, ficando em sétima posição entre os dez melhores grupos do segmento. Na listagem das mil maiores de 2021, a Ambev ficou na 14ª posição, com receita de R$ 72,85 bilhões, um crescimento de 24,8% em relação a 2020. Na comparação com as demais empresas do setor, trata-se da terceira maior receita, depois da JBS, com R$ 350,69 bilhões, e da Marfrig, com R$ 85,38 bilhões.
“Temos investido em uma atuação em plataforma, que une inovação, tecnologia, dados e logística, para oferecer produtos que atendem a diferentes paladares e momentos de consumo das pessoas, sempre com qualidade, criatividade e inovação”, diz Lucas Lira, vice-presidente financeiro, de relações com os investidores e serviços compartilhados da Ambev. Ele atribui bom desempenho da companhia a três fatores: consistência, transformação tecnológica e a mudança da visão de negócios para uma empresa de plataforma, e não mais apenas de bebida. “Estamos trazendo ao mercado uma consistência de resultados positivos ano após ano, com a recuperação do negócio desde a pandemia, após períodos desafiadores com maior restrição de deslocamento”, afirma.
Entre as iniciativas inovadoras da companhia que vêm possibilitando o crescimento dos negócios está o Zé Delivery, serviço que assegura a entrega das bebidas em até uma hora depois da realização do pedido, com desconto por unidade retornável. Outro exemplo é o BEES, aplicativo que permite à rede parceira de bares e restaurantes comprar produtos da Ambev. As duas iniciativas, segundo Lira, ilustram a transformação tecnológica em curso na companhia e as apostas em soluções digitais que potencializam o negócio.
Segundo a empresa, o mercado está passando por uma importante transformação com o surgimento de novas marcas e novos estilos de bebidas para diferentes ocasiões de consumo. “A transformação da nossa visão para uma empresa de plataforma com diversos negócios, que conecta pessoas e o ecossistema, aumenta exponencialmente a possibilidade de fortalecimento de todos”, afirma o executivo.
Neste ano, o grupo se encaminha a passos largos para repetir o desempenho do ano passado. Pela primeira vez em sua história, alcançou a venda de mais de 40 milhões de hectolitros em um segundo trimestre. O recorde foi liderado pelo desempenho da Cerveja Brasil e da NAB Brasil (categoria de bebidas não alcoólicas). No período, o modelo comercial continuou impulsionando o desempenho de receita do grupo, com a recuperação contínua das ocasiões de consumo fora de casa, depois do arrefecimento da crise sanitária de 2020 e 2021
O volume de vendas cresceu 6,1% no consolidado, impulsionado principalmente pelo Brasil, onde a expansão da pré-imunização contra a covid-19 e o contínuo desenvolvimento de inovações resultaram em um crescimento de 8,5% no consumo de cerveja de marcas como Bohemia, Skol e Budweiser. O volume de NAB, categoria de bebidas não alcoólicas na Ambev, como o isotônico Marathon e o guaraná Antarctica, aumentou 16,2%, impulsionado pela distribuição alavancada pelo BEES.
O panorama econômico preocupa, mas não afasta o otimismo do grupo. “O cenário continua incerto, principalmente pela flutuação do câmbio, do aumento dos juros e do cenário político-econômico que temos neste ano no Brasil e em alguns outros países em que atuamos. Mas estamos confiantes na nossa estratégia para continuar entregando bons resultados, tanto em volume como na receita por hectolitro, Ebitda e demais indicadores”, afirma Lira.
O executivo também destaca a confiança do grupo nos seus times, na continuidade da excelência operacional dos últimos dois anos e na estratégia de atuação para o momento atual, de retomada dos bares e restaurantes, incluindo novos momentos de consumo no ano, como a Copa do Mundo no segundo semestre. “Vamos continuar trabalhando para tornar nossas marcas mais saudáveis, fortalecer cada vez mais nossa categoria de cerveja, que é uma das nossas prioridades, e conquistar ainda mais nossos clientes e consumidores, nos provocando constantemente em inovação e reforçando a nossa atuação como plataforma”, acrescenta o executivo.
Portfólio estratégico tem marcas e estilos de bebidas para diferentes públicos e ocasiões de consumo
Julio Bittencourt/Valor
A Ambev nasceu em 1999, da união entre as centenárias Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica. Mas a história começou muito antes, com duas cervejarias na década de 1880: a Companhia Antarctica Paulista e a Manufactura de Cerveja Brahma & Villeger & Companhia. Hoje, a Ambev faz parte da Anheuser-Busch Inbev, conhecida como AB Inbev, que nasceu da união entre a Ambev, a belga Interbrew e a Anheuser-Busch. O portfólio do grupo reúne mais de duzentas marcas de bebidas, com atuação em 19 países. No Brasil são 32 cervejarias e duas maltarias, além de cem centros de distribuição direta e seis de excelência, que empregam 35 mil pessoas. O cardápio de bebidas reúne 30 marcas.
Analistas de mercado avalizam o desempenho da Ambev para além dos resultados financeiros que determinaram a escolha do grupo como campeã do setor de Alimentos e Bebidas. “Tão importante quanto o viés de dados financeiros é a aproximação com o consumidor e os princípios de inovação nos modelos de negócio”, afirma Roberto Kanter, professor de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Os critérios financeiros são importantes, mas há um avanço da Ambev na consolidação de ações para distribuidores e colaboradores e iniciativas dirigidas à diversidade que também ajudam a consolidar a liderança da companha”, diz Fabio Mariano Borges, professor do curso de mestrado de comportamento do consumidor da ESPM.
O espírito de startup de inovação da Ambev agrada aos professores. A aproximação com o consumidor é considerada inédita. Nenhuma empresa tem tantos canais de conexão com aplicativos e oferta de serviços financeiros que vão além da venda de bebidas. Além disso, boa parte da distribuição da empresa não é feita mais por caminhões, mas, sim, por vans e carros elétricos, o que ajuda na pegada ambiental. “Comparado com outras marcas de bebidas, nenhuma conhece tanto o consumidor”, afirma Kanter. “Foi uma das primeiras empresas a apoiar a saúde mental dos funcionários com programas de promoção de ambientes mais híbridos e de segurança psicológica”, diz Mariano Borges.
Entre as ações da agenda ESG, a companhia anunciou em 2021 a primeira grande cervejaria carbono neutro do Brasil, a Cervejaria de Ponta Grossa (PR) e a maltaria de Passo Fundo (RS). As duas fábricas atingiram 90% de redução das emissões de CO2 – os 10% de emissões restantes foram neutralizados pela aquisição de créditos de carbono.
Veja tudo sobre o balanço da Ambev e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360


A empresa paulista, terceira do mundo no setor, quer universalizar o serviço de água e esgoto até 2033, como prevê o Marco Legal “Vamos buscar novos mercados sem descuidar das prioridades”, diz o CEO Benedito Braga
Silvia Zamboni/Valor
Considerada uma das maiores empresas de saneamento do mundo em termos de receita e população atendida pelos serviços prestados, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ficou em primeiro lugar do ranking do Valor 1000, no setor de Água, Saneamento e Serviços Ambientais.
A empresa paulista obteve 83,8 pontos na classificação geral, seguida pela Sanepar (68,4 pontos), Copasa-MG (66,8), Aegea Saneamento (46,2) e Embasa (40,0). A receita líquida registrada pela campeã, com base nos balanços consolidados, foi superior a R$ 19 bilhões. Para se ter uma ideia, a segunda colocada em termos de receita líquida, a Cedae, do Rio de Janeiro, registrou distantes R$ 6 bilhões de receita líquida.
Fundada em novembro de 1973 com a missão de planejar, executar e operar serviços de saneamento e abastecimento de água em todo o Estado de São Paulo, a Sabesp é uma sociedade anônima de economia mista. O governo estadual mantém o controle da companhia como sócio majoritário, com 50,3% das ações, e o restante está disponível para livre negociação no mercado. Desde 1997, suas ações são negociadas na B3 (Brasil, Bolsa Balcão), onde faz parte do segmento Novo Mercado da bolsa brasileira.
Atualmente, a Sabesp é responsável pelo fornecimento de água e pela coleta e tratamento de esgotos em 375 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, incluindo a capital. Segundo dados da empresa, seus mais de 12,3 mil colaboradores operam em 15 unidades de negócio espalhadas pelo Estado, das quais cinco delas estão instaladas na Grande São Paulo. A empresa também é sócia de empresas privadas que prestam serviços de fornecimento de água e saneamento nos municípios de Mogi Mirim, Castilho, Andradina e Mairinque, todos no interior de São Paulo.
A empresa fornece água a 28,4 milhões de paulistas e atende com coleta de esgoto 25,2 milhões – números que colocam a companhia paulista entre as maiores do mundo no setor. Em 2019, foi classificada como a terceira maior companhia de saneamento do mundo em termos de receita, segundo relatório da Global Water Intelligence. A brasileira ficou atrás apenas de duas organizações francesas, a Veolia e a Suez. No setor de reúso, a companhia produz e comercializa água a partir das suas próprias estações e em sociedade com a Aquapolo Ambiental.
Em relação aos investimentos, no ano passado foram aplicados cerca de R$ 5 bilhões em programas de abastecimento de água e expansão do sistema de coleta e tratamento de esgoto nos municípios atendidos, o que resultou em 178,9 mil novas ligações domiciliares de água e 225,5 mil de esgoto. Em 2022 estão previstos outros R$ 4,7 bilhões para 192 mil novas ligações de água e 220 mil de esgoto. Entre 2023 e 2026, os investimentos previstos são superiores a R$ 19 bilhões.
“A Sabesp busca universalizar os serviços na área onde opera”, afirma o diretor-presidente da empresa, Benedito Braga. A Sabesp também aumenta os investimentos para atender às novas diretrizes sanitárias no país nos próximos anos. “Em 2020 houve importante atualização do Marco Legal do Saneamento. Isso trouxe um cenário muito promissor ao setor”, afirma Braga.
De acordo com a Lei nº 14.026, também chamada de Novo Marco do Saneamento, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo governo federal em 2020, 99% da população deve ter acesso à água e 90% dos domicílios brasileiros devem contar com coleta de esgoto até 2033. Em 2020, porém, de acordo com o Instituto Trata Brasil, foram investidos R$ 13,7 bilhões no setor de água e esgoto em todo o país, cifra considerada insuficiente pelos especialistas para atingir as metas legais estabelecidas nos próximos nove anos – que exigirão investimentos de R$ 507 bilhões no total, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, ou de R$ 753 bilhões, nas contas da consultoria KPMG.
Segundo dados da 14ª edição do Ranking do Saneamento, elaborado pelo Trata Brasil e divulgado no primeiro semestre deste ano, 84,1% da população brasileira recebe água na torneira em suas casas. Em relação ao esgoto, apenas 54,9% da população é atendida com coleta, uma proporção bem menor. Ainda de acordo com o Trata Brasil, um volume de esgoto sem tratamento equivalente a 5,3 mil piscinas olímpicas é despejado diariamente na natureza, em todo o território nacional, principalmente nas regiões mais pobres do país.
A Sabesp fornece água a 28,4 milhões de pessoas e teve receita líquida de R$ 19 bilhões em 2021
Julio Bittencourt/Valor
Neste cenário desafiador, a Sabesp procura se destacar de forma positiva para atender às exigências do Novo Marco do Saneamento dentro da sua área de abrangência no território paulista. “Pelo nosso planejamento, não teremos problemas em atingir a meta do novo Marco Legal”, garante Braga. “A grande maioria dos nossos contratos já previa a universalização em 2033 ou até antes disso. A Sabesp já comprovou sua capacidade econômico-financeira”. O executivo destaca que, em termos de receita operacional líquida, a Sabesp teve crescimento médio composto de cerca de 7% ao ano, nos últimos cinco anos.
O presidente da Sabesp admite, porém, que existem sérios desafios para que o novo modelo de saneamento estabelecido pela Lei nº 14.026 seja atingido em todo o país. Um deles é a formação de blocos de municípios para realizar licitações, de forma a garantir investimentos naqueles em que a operação seja deficitária. “Os processos licitatórios têm usado essa estratégia, mas é um tema que precisa ser tratado com toda a atenção para que os municípios mais pobres não fiquem para trás”, alerta Braga.
A empresa paulista de saneamento, de acordo com o executivo, também está de olho em novos negócios. Para isso, no ano passado reviu a sua Política de Novos Negócios, direcionando-a para o cenário nacional após a aprovação do Novo Marco Legal.
“Em linhas gerais, devemos optar por parcerias que agreguem qualidade à prestação de serviços. Em particular, estão sendo observadas oportunidades relacionadas à economia circular, como resíduos de estações de tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos”, explica o diretor-presidente.
No caso de resíduos sólidos, por exemplo, são buscadas soluções para a disposição final de lixo urbano, incluindo possibilidades de aproveitamento energético desses rejeitos. Em Botucatu, por exemplo, já existe uma unidade de produção de fertilizante orgânico a partir do lodo gerado na estação de tratamento de esgoto.
Uma das novidades em novos negócios é o projeto para geração de energia fotovoltaica. A proposta, que está em fase de chamamento público, é utilizar áreas da Sabesp para instalação de usinas solares para alimentar estações de tratamento de água e esgoto e o mercado de energia. Outros projetos inovadores também estão sendo desenvolvidos pela companhia, como o de instalação de fibra óptica nas redes de esgoto para utilização pelas empresas de telecomunicações.
“Dada a expertise da Sabesp, considero que a empresa pode, a qualquer momento, buscar novos mercados. Esse processo, porém, será muito bem calibrado para que os recursos não sejam desviados das principais missões: segurança hídrica e universalização dos serviços onde já operamos”, conclui Braga.
Veja tudo sobre o balanço da Sabesp e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360